domingo, 28 de agosto de 2011
Futuro, só que agora é do pretérito
Poderíamos casar. Poderíamos ter um vida linda, e eu amaria até mesmo os seus defeitos. Eu respeitaria o seu gosto, brigaria com você quando deixa-se roupa espalhada pela casa. Você brigaria comigo quando eu demora-se meia hora me arrumando, e eu te chamaria de idiota. Você diria que não me entende, e eu diria que te odeio. Eu te socaria. E quando você visse que eu estava realmente irritada, você me abraçaria e me calaria com um beijo. Não seriamos perfeitos, você seria totalmente o oposto de mim. Mas quando estivéssemos juntos, seriamos só eu e você. E eu não ligaria mais para nada, nem para o meio mundo que estivesse nos olhando. Ao amanhecer você iria para o trabalho, eu daria o seu café e você sairia pela porta da frente. E logo depois de você, eu iria. Chegaríamos em casa um pouco tarde, perguntaríamos como foi o dia do outro. E você me faria um interrogatório sobre “os caras do escritório” e eu sobre as “secretárias oferecidas”. Mas tarde, nós iriamos rir de como ainda sentimos ciúmes um do outro, do quanto ainda existe amor entre nós. Depois faríamos amor, amor. Não sexo. Aquele amor com carinho, com simplicidade, faríamos o nosso amor. Nosso particular ninho de paixão. Depois de um tempo, compraríamos um cachorro. Eu gostaria de chama-lo de Marley mas você acharia que era um “cara do passado”. Eu iria rir da sua teoria, e iríamos chamar o cachorro de Marley. Logo depois dele, vieram nossos filhos. Uma menina e um menino, ela seria sua menininha e ele seria meu garotinho, mas ela estouraria seu cartão comigo no shopping e ele se machucaria, mas com prazer em partidas de futebol com você. Ambos amando todos com a mesma intensidade. Depois de um tempo nós iríamos nos enjoar. E sem querer, esquecer tudo o que passamos. Eu iria chorar e você colocaria sua mão na cabeça, com um sinal de preocupação. Cuspiríamos as palavras como veneno, aquela briga me faria pensar em como não somos mais felizes. E você concordaria. Depois de alguma semanas iriamos pedir divórcio. Eu concordaria, você também. E então, depois de anos separados nos encontraríamos num supermercado, conversaríamos sobre nossas novas vidas. Eu perguntaria sobre sua esposa e você tentaria manter um sorriso no rosto, eu diria que as crianças sentem falta dele. Querendo dizer que eu também, mas disse apenas sobre as crianças. Você diria que buscaria eles no próximo final de semana,eu apenas concordaria. Eu diria sobre meu novo marido, e você tentaria parecer interessado. Eu sairia do mercado com lágrima nos olhos e você também. Eu lembraria de quando pensei “poderíamos casar”. E então me tocaria o quanto ainda te amava, e você se tocaria do quanto ainda não havia me esquecido. Lembraríamos de todos os momentos juntos e iriamos sorrir. E quando anoitecer, você olharia para a lua do mesmo modo como eu estava olhando. Você pensava em como poderia ter sido diferente, você pensaria em mim. E do outro lado, eu estaria pensando em você. E do mesmo modo que pensava em você, pensava que poderíamos casar.
I do
Tudo sempre foi
sobre mim, eu e eu mesma. Eu pensava que relacionamentos não eram nada além de
um desperdício de tempo. Eu nunca quis ser a outra metade de alguém. Eu estava
feliz dizendo que nosso amor não ia durar. Esse era o único caminho que eu
conhecia até te encontrar. Você me faz querer dizer sim, sim, sim! Porque todas
as outras vezes foram algo como “talvez sim e talvez
não, eu posso viver sem isso, eu posso deixar pra lá”. Ooh, no que foi eu me
meti ? Você me faz querer dizer sim, sim, sim, sim, sim, sim. Diga-me, sou só
eu?
Você sente o mesmo? Você
me conhece bem o suficientemente para saber que não estou fazendo joguinho, eu
prometo que não vou voltar atrás e que não vou te magoar. Você pode confiar que
eu nunca me senti como eu me sinto agora. Meu amor, não há nada, não há nada
que não possamos agüentar. Então podemos dizer sim? Porque todas as outras vezes foram algo como “talvez
sim e talvez não”. Eu não vou viver sem isso, eu não vou deixar pra lá. Eu
posso fazer parte disso? Você me faz querer dizer, conhecer minha família, como
é sua família? Podemos ser uma família? E quando eu for bem velhinha, vou estar
sentada ao seu lado e vamos nos lembrar de quando dissemos sim, sim, sim. Por
que todas as outras vezes foram algo como “talvez sim e talvez não”. Eu não vou
viver sem isso, eu não nos deixarei passar. Olha só no que foi que a gente se
meteu. Você me faz querer dizer sim. Eu te amo!
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
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